O CONTRATO PSICOLÓGICO NA SEARA TRABALHISTA

Autores

  • Liliane Meire Costa Lima Centro Universitário Ateneu, UNIATENEU, Brasil
  • Francisco José Mendes Vasconcelos Centro Universitário Católica de Quixadá, UNICATÓLICA, Brasil
  • Joyce Costa Gomes de Santana Secretaria da Educação do Estado do Ceará, SEDUC, Brasil
  • José Jackson Nunes Agostinho Centro Universitário Estácio do Ceará, ESTÁCIO, Brasil

Palavras-chave:

Contrato Psicológico, Consequências Jurídicas, Seara Trabalhista

Resumo

O presente trabalho científico focalizou um fenômeno que tem sido característico da atualidade no que concerne às relações laborais, o contrato psicológico. Objetivou conhecer as consequências jurídicas geradas em um contrato psicológico na seara trabalhista. Abordamos o histórico, os conceitos, os requisitos e as espécies de contratos psicológicos; realizamos um estudo comparado do contrato psicológico frente ao instituto contratual no mundo jurídico, observando os requisitos subjetivos, objetivos e formais de validade dos contratos; salientamos as funções econômica, pedagógica e social dos contratos e a importância do adimplemento do contrato psicológico; traçamos um paralelo entre os princípios fundamentadores dos contratos (princípio da autonomia privada, princípio da boa-fé, princípio da justiça, princípio da função social e princípio da dignidade humana) e os fundamentos do contrato psicológico (princípio da dignidade da pessoa humana, princípio da solidariedade e o princípio da boa-fé); procuramos desvendar os delineamentos que ocasionam sua inadimplência e suas repercussões psicológicas, econômicas e jurídicas. A proposta de utilização da abordagem do contrato psicológico deveu-se ao pressuposto de que esse modelo permite identificar fatores explícitos ou implícitos que norteiam e interferem diretamente entre os membros da relação laboral. A pesquisa caracterizou-se por uma abordagem qualitativa, através de um estudo analítico e teve como fonte bibliográfica a Constituição Federal de 1988, legislações infraconstitucionais, artigos científicos interdisciplinares, dicionários, doutrinas jurídicas e jurisprudências. Quanto aos resultados, almejou-se o conhecimento e a divulgação dessa nova ferramenta que servirá de suporte para decisões na seara trabalhista e uma consequente valorização do ser humano.

Referências

ANBREU, A. J. C.; SILVA, G. A. V. da. Contratos psicológicos nas organizações: bases de sua construção. Revista de Gestão USP, São Paulo, v. 13, n. especial, p. 93-104, 2006.

BEYDA, T. T. Formação do contrato psicológico: um estudo de caso em empresa com práticas maduras na gestão de recursos humanos. 2008. 172 p. Dissertação (Mestrado em Administração) – Instituto COPPEAD de Administração, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2008.

BRASIL. Vade Mecum. 7. ed. atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2009.

CANTISANO, G. T.; DESCALS, F. J. P. Cuando la confianza se há perdido... Valoración del modelo de violación contrato psicológico de Morrison y Robinson. R.E.I.P.S., v. 1, n. 1, 2000.

CAROCHINHO, J. A. Psicologia das Organizações. Disponível em: https://pt.slideshare.net/anarita2/psicologia-do-trabalho-e-das-organizaes-2424425. Acesso em: 8 abr. 2021.

DINIZ, M. H. Curso de Direito Civil brasileiro: teoria das obrigações contratuais e extracontratuais. 21. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2005. v. 3

DINIZ, M. H. Curso de Direito Civil brasileiro: teoria geral do direito civil. 26. ed. reformulada. São Paulo: Saraiva, 2009. v. 1

FIUSA, C. Direito Civil. Belo Horizonte: Del Rey, 2005.

GONÇALVES, C. R. Direito Civil brasileiro: contratos e atos unilaterais. 4. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2007. v. 3

GUZZO, R. A.; NOONAM, K. Human Ressourse Practice as Comunications and the Psychological Contract. HumanRessourse Management, v. 33, n. 3, p. 447-462,1994.

HANDY, C. B. Como compreender as organizações. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.

LIMA FILHO, F. das C. Tribunal Regional do Trabalho 24ª Região. Biblioteca Juiz Valentin Carrion. Serviço de Documentação. 24ª opinião n. 10/2008. Revista COAD, n. 38, set. 2008.

MACHADO, E. S. Acoso psicológico en el trabajo. Ralaciones Laborales, Montevidéu, n. 2, ago. 2003.

MARQUESI, R. W. Os princípios do contrato na nova ordem civil. Jus Navigandi, Teresina, v. 9, n. 513, 2 dez. 2004. Disponível em: http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5996. Acesso em: 8 abr. 2021.

MAYORCA, W. A. El Contrato Psicológico. Ser Humano y trabajo. Disponível em: http://www.serhumanoytrabajo.com/archivo/temas/contrato.htm. Acesso em: 8 abr. 2021.

MENEGON, L. F.; CASADO, T. O contrato psicológico como ferramenta para a gestão de pessoas. Rev. Adm., São Paulo, v. 41, p. 125-135, 2006.

MORAES, A. de. Direito Constitucional. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

MORRISON, D. E. Psycological Contracts and Change. Human Ressource Management, v. 33, n. 3, p. 353-372, 1994.

PEREIRA, C. M. S. Instituições de Direito Civil. 11. ed. atual. por Reges Fichtner. Rio de Janeiro: Forense, 2003. v. 3

RODRIGUES, S. Direito Civil. São Paulo: Saraiva, 2004.

ROSOLEN, T. et al. Contrato Psicológico: Um Estudo de Caso do Programa de Educação Tutorial PET – FEA Administração USP. Disponível em: http://sistema.semead.com.br/9semead/resultado_semead/trabalhosPDF/365.pdf. Acesso em: 8 abr. 2021.

ROSSO, P. S. Solidariedade e direitos fundamentais na Constituição brasileira de 1988. Revista de Direitos e Garantias Fundamentais, n. 3, p. 11-30, 2007.

ROUSSEAU, D. M.; PARKS, J. M. The contracts of individuals and organizations. Research in organizational Behavior, v. 15, p. 1-47, 1993.

SARAIVA, R. Direito do trabalho para concursos públicos. São Paulo: Editora Método, 2008.

VENOSA, S. de S. Direito Civil. 3. ed. São Paulo: Atlas. 2003. v. 2

WETZEL, Ú. Transformação do contrato psicológico no contexto da privatização: estudo de casos. Rev. Adm. Contemporânea, v. 5, 2001.

Downloads

Publicado

20-09-2022

Como Citar

Lima, L. M. C., Vasconcelos, F. J. M., Santana, J. C. G. de, & Agostinho, J. J. N. (2022). O CONTRATO PSICOLÓGICO NA SEARA TRABALHISTA. Revista De Direito & Desenvolvimento Da UniCatólica, 5(1), 27–39. Recuperado de http://publicacoes.unicatolicaquixada.edu.br/index.php/rdd/article/view/75

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)