RETIFICAÇÃO SUBJETIVA: UMA POSSIBILIDADE DE TRABALHO NA INTERSEÇÃO ENTRE PSICOLOGIA E DIREITO
Palabras clave:
Violência contra a mulher, Lei Maria da Penha, Grupos reflexivo de gêneroResumen
O trabalho discute a experiência de alunas do curso de Psicologia que atuaram em um grupo chamado “Autoconhecimento e Retificação Subjetiva do Agressor”, criado em parceria entre o judiciário de Quixadá-CE e a UNICATÓLICA. A violência contra a mulher é um problema complexo e, muitas vezes, banalizado na sociedade. Embora existam políticas e leis, como a Lei Maria da Penha, que buscam proteção às vítimas e punição aos agressores, a efetivação dessas medidas enfrenta desafios, especialmente no contexto das relações íntimas. O grupo visou engajar homens que praticam violência de gênero em discussões sobre seus comportamentos, promovendo reflexões sobre a construção histórica das masculinidades e padrões violentos. Utilizando a metodologia de Paulo Freire, o grupo facilita diálogos que ampliam a compreensão das bases que sustentam comportamentos violentos e debate sobre ações prejudiciais. Destaca-se a importância da interseção entre Psicologia e Direito, levando para o debate fatores históricos, sociais e culturais, abrindo um olhar para além do campo apenas punitivo.
Citas
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