CONHECIMENTO E CONDUTAS DE TÉCNICOS DE LABORATÓRIO DE PRÓTESE DENTÁRIA SOBRE CONTAMINAÇÃO CRUZADA DE MOLDES E MODELOS ODONTOLÓGICOS
DOI:
https://doi.org/10.25191/recs.v7i1.14Palavras-chave:
Desinfecção, Materiais para Moldagem Odontológica, Contenção de Riscos BiológicosResumo
O artigo teve como objetivo analisar, por meio de aplicação de questionário, as condutas de biossegurança e o nível de conhecimento de técnicos em prótese dentária do estado do Piauí sobre o risco de infecção cruzada a partir de itens provenientes de consultórios odontológicos. Os dados foram coletados por meio de questionário estruturado composto por 23 questões fechadas relacionado às características sociodemográficas, condutas de biossegurança, conhecimento sobre o risco de infecção cruzada e procedimentos de desinfecção adotados. Dos 34 que responderam positivo ao tratamento dos moldes, 26(72,2%) utilizam hipoclorito de sódio, 4 utilizam glutaraldeído na concentração de 2% e 3 relataram utilizar álcool 70% para desinfecção. A utilização de equipamentos de proteção individual (EPI’s) foi afirmada por todos os profissionais questionados, no entanto apenas 2 participantes utilizam todos os EPI’s citados. Dentre os entrevistados que afirmaram utilizar luvas, 32(88,9%) mencionaram a troca do equipamento a cada procedimento e 3 participantes relataram que a troca é efetuada somente após a presença de furos. Torna-se necessário desenvolver técnicas pedagógicas e de conscientização dos profissionais com objetivo de evitar e prevenir a contaminação cruzada. A negligência e despreparo dos técnicos para o tema, enfatizado nos últimos tempos principalmente pela pandemia da COVID-19 torna-se um ponto necessário para debate e discussões.
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