ANÁLISE DO PERFIL CLÍNICO EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE EM UM MUNICÍPIO DO SERTÃO CENTRAL DO CEARÁ
DOI:
https://doi.org/10.25191/recs.v9i2.714Palavras-chave:
Epidemiologia, Hanseníase, Mycobacterium LepraeResumo
O objetivo do artigo foi analisar o perfil clínico epidemiológico da hanseníase no município de Quixeramobim, no período de 2013 a 2022. Foram coletados dados através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) sobre a incidência de casos de hanseníase no município em questão. Incluíram-se as seguintes variáveis: sexo, idade, escolaridade, raça, zona de residência, classificação operacional, forma clínica, lesões cutâneas, avaliação de incapacidades, esquema terapêutico e desfecho do caso. Após análise epidemiológica, verificou-se que foram notificados, de modo geral, 164 casos incidentes de hanseníase na microrregião de Quixeramobim. Observou-se que as notificações foram predominantes no sexo masculino (64%). Em relação à raça, verificou-se que 82,9% eram da cor parda e que possuíam algum grau de escolaridade (1° a 4° série) e que residem na localidade urbana. A classe operacional foi a multibacilar e as formas clínicas foram a dimorfa e a virchowiana, onde apresentaram lesões únicas e obtiveram o tratamento de 12 doses, e o tipo de alta que se destacou foi a cura. Concluiu-se que durante período de 2013 a 2022, foram notificados 164 casos, destes, 105 do sexo masculino e 59 do sexo feminino, em sua maioria pardos (82,9%). Quanto a escolaridade, predominou entre analfabetos (26,8%) e entre a 1ª e 4ª seria incompleta (27,4%), moradores da zona urbana (89,6%). No que se refere ao perfil clínico, eram classificados como paubacilar, com predominância da forma dimorfa, onde apresentaram até 5 lesões na avaliação.
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