ADOECIMENTO E AUTOIMAGEM NA ADOLESCÊNCIA: RELATO DE VIVÊNCIA NO CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

Autores

  • Publicações Acadêmicas UNICATÓLICA
  • Raylanne Maria de Sousa Pereira Maia Centro Universitário Católica de Quixadá, UNICATÓLICA, Brasil
  • Lennythen Hayane Nobre Nogueira Centro Universitário Católica de Quixadá, UNICATÓLICA, Brasil

Palavras-chave:

Adolescência, Autoimagem, Autocuidado

Resumo

A adolescência é caracterizada por mudanças físicas e psicossociais que o indivíduo passa, levando-o a lidar com a sua imagem corporal e descobrir como utilizá-la através das ferramentas de relação com o mundo. Desta forma, surge o desafio onde se faz necessária maturidade emocional para assumir a identidade de uma pessoa adulta. Esse é um período que pode ser bem vulnerável quando se trata de consciência corporal, autoimagem, dúvidas sobre si mesmo, capacidades, surgindo assim, algumas crenças limitantes. Nessa fase os jovens querem, até mesmo precisam, se tornar autônomos, afirmando a sua identidade e, ainda incorporando todas as alterações físicas inerente ao período. Neste lugar, pode haver maior suscetibilidade a se afetar com opiniões alheias. Como consequência de uma sociedade estereotipada e arraigada a um padrão corporal e até mesmo sobre o que se espera do comportamento humano de um jovem. Estes podem se tornar reféns a uma ideação do que é perfeito, dessa forma, adquirindo transtornos na busca, e possivelmente na frustação diante a ausência do êxito. Situações assim podem fazer com que os adolescentes recorram ao auto lesionamento, desenvolva transtornos de bulimia ou síndrome de ansiedade generalizada, entre outros, devido à pressão de uma estética perfeita que, por vezes, é inalcançável e desnecessária. Este trabalho se refere ao relato de experiência de situações vividas durante a prática do Estágio Básico em Saúde, junto ao CAPS de Quixadá, no período de agosto a novembro de 2022. O caso apresentado é de uma adolescente de 16 anos com demanda de ansiedade, possivelmente acarretada pela autoimagem, lesionamento e mania de perseguição. Partindo dessa problemática, percebe-se que essa demanda é recorrente no serviço, sendo pauta de alguns jovens. Nessa vivência é possível afirmar a necessidade de atenção a essa fase, reafirmando ainda mais, a importância do processo terapêutico e da busca pelo profissional apropriado. Contudo, a fase da adolescência é cheia de incertezas, dúvidas, medos, onde o apoio familiar é imprescindível para enfrentar esses dilemas. Cabe aos pais serem mais abertos ao diálogo e se proporem a escutar seus filhos. Assim como, o trabalho da psicologia diante ao não agravamento dos sintomas, e o sugestivo de terapia familiar. O acompanhamento do profissional psicólogo auxilia a elucidação e formação dessas crenças, desmistificando o caráter de limitação, para que dessa forma, o adolescente possa se tornar seguro em seu processo.

Downloads

Publicado

2023-03-09