DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL EM SUSPEITA DE TDAH: DISTINÇÃO ENTRE SINTOMA E COMPORTAMENTO
Palavras-chave:
Avaliação Psicológica, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, Diagnóstico DiferencialResumo
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) vem sendo cada vez mais difundido e diagnosticado nos últimos anos, entre crianças, adolescentes e até adultos. Diante desse cenário podem ocorrer diagnósticos precipitados, e a população, por se identificar com alguns pontos das sintomatologias que o caracteriza, considera ter o transtorno, mesmo que não preencha critérios diagnósticos suficientes. O TDAH assemelha-se com outras síndromes psicopatológicas, o que dificulta o processo de identificação, por esse motivo, é de extrema importância o diagnóstico diferencial e, sobretudo, considerar aspectos individuais e sociais de cada pessoa. Tendo em vista a problemática, o objetivo deste estudo é evidenciar os critérios do TDAH e apresentar os diagnósticos diferenciais que são sinais ou sintomas semelhantes em diferentes possibilidades diagnósticas, através de evidências científicas sólidas, que possibilitem desmistificar crenças difundidas erroneamente, e que possa contribuir para que haja uma maior ponderação no processo de avaliação psicológica. O trabalho é um relato de experiência fruto dos atendimentos realizados pelo Núcleo de Estudos em Avaliação Psicológica (NEAPSI), no período de agosto a setembro de 2022. Serão analisados dois casos clínicos em que a demanda inicial sugeria investigação de TDAH, onde, através de entrevistas, aplicação de testes psicológicos e análise dos critérios diagnósticos presentes no Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais 5 (DSM-5), pode-se realizar a devolutiva do processo, por meio do laudo psicológico, confirmando ou não a suspeita inicial. Como resultados foi possível observar que demandas similares se desenvolvem em contextos diferentes e possuem critérios diferentes de causa e consequência. Durante a avaliação psicológica de dois jovens adultos, entre 18 e 25 anos, pode-se compreender que o diagnóstico diferencial é fundamental na observação das queixas relatadas. Para cliente 1 de 18 anos foi observado que não havia indícios de problemas de atenção e grau de inteligência baixo, através da aplicação de testes psicológicos, mas identificou-se, níveis de sobrecarga mental, problemas familiares e de ordem emocional que interferiam na atenção e compreensão. O cliente 2 de 25 anos teve as queixas reiteradas e estão de acordo com os critérios diagnósticos de TDAH estabelecidos no DSM-5. É possível observar que apesar da demanda inicial similar, o diagnóstico não resulta igual. Reafirmando, vemos a importância do diagnóstico diferencial dentro do processo avaliativo. O tratamento esperado para sintomas relatados, mesmo parecidos, é diferente dado as causas. O comportamento de desatenção no TDAH é considerado como sintoma, sendo tratado tende a diminuir. O diagnóstico correto possibilita um tratamento eficaz à problemática dada a importância de sua causa.
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